Pesquisa

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

"Vem sentar-te comigo, Lídia..."


Desde que comecei a ler o Blog Apocalipse Motorizado, e ver as intervenções urbanas que o pessoal do blog faz  (veja aquiaquiaquiaqui e aqui), comecei a observar melhor minha cidade (Resende, RJ), os caminhos que eu percorro diariamente e quais seriam as melhorias que eu poderia fazer por mim, pelos meus demais companheiros ciclistas, e enfim, pela minha cidade, sempre depender da demora e descaso do poder público, e ao mesmo tempo, sem infringir leis. 
Pois aconteceu que de tanto pensar, acabei não fazendo nada ainda. No entanto, fui agradavelmente surpreendido por uma intervenção que me deixou maravilhado. Resende é uma cidade do interior, e as pessoas que moram aqui não são o que eu posso chamar de politizadas, ativas social e politicamente, e nem ao menos educadas. É por isso que uma coisa tão simples mexeu tanto comigo. O fato é que numa certa manhã dessas fui acompanhar Ludmilla até o ponto de ônibus mais próximo de minha casa. É um ponto de ônibus improvisado. Desde o início do ano passado estão sendo realizadas diversas mudanças no sistema viário de Resende, e esse ponto foi criado, sendo sinalizado apenas por uma placa. Ele não tem cobertura nem calçamento e nem bancos.
Foi então que este cidadão (não é apenas um morador da cidade, mas um verdadeiro cidadão), movido por algum sentimento nobre, doou um banco velho e ligeiramente quebrado para o ponto de ônibus, para que outras pessoas possam usá-lo. Veja bem: o banco é bem velhinho e lhe falta o topo de um braço, mas as pernas estão em ótimo estado e o assento também, servindo muito bem ao propósito de ser utilizado em um ponto de ônibus. A verdade é que este cidadão poderia muito bem ter deixado esse banco em frente à sua calçada, poderia ter jogado ele no terreno baldio mais próximo de sua casa, poderia até mesmo ter queimado o banco em seu quintal, somente para se desfazer dele. No entanto, este nobre cidadão se deu ao trabalho de sair de sua casa, conseguir o transporte para o banco e deixá-lo junto ao ponto para ser utilizado por outras pessoas.
Parabéns amigo! Busco em breve seguir seus passos.

sábado, 4 de setembro de 2010

Yeah..., I've had a hammer



O fato: depois de quase dois anos na vida sobre duas rodas, percebi que estava errado em minha primeira comparação entre as ferramentas de carro e de bicicletas. Fiz, num post anterior, uma lista bem grandinha de coisas que eu estava a carregar na mochila. Por meses levei esse peso extra nas costas. Isso passou a me incomodar tanto, que o benefício de ter essas ferramentas sempre à mão passou a ser insignificante diante do trabalho de tê-las comigo, principalmente porque ao longo desses quase dois anos eu praticamente não usei nenhuma delas. Segue uma a uma, as razões que me fizeram deixar de levar cada uma das ferramentas em minha mochila:

 - Chave de corrente: não usei nem sequer uma vez no período, e nem passei por situações que me fizessem pensar que pudesse vir a precisar de usá-la. 
 - Cãmara de ar sobressalente: Resende não é exatamente uma cidade grande, então, em qualquer lugar que eu venha passar sufoco por causa de um pneu furado, certamente é um lugar próximo de uma bicicletaria. Meus pneus furaram, cada um, duas vezes durante esse período e sempre, por estar perto ou não muito longe de uma bicicletaria, achei que era mais fácil pedir o concerto do pneu, gastando R$3,00, do que sujar as mãos e possivelmente a roupa de graxa e de sujeira do pneu, além de atravancar a calçada.
 - Bomba de ar manual: os pneus da bicicleta  não ficam vazios com facilidade. No final das contas, a única finalidade da bomba de ar é encher um pneu furado. Como acho mais fácil concertar o pneu na bicicletaria, eles os enchem lá para mim, e a bomba se torna inútil.
 - Chaveiro Allen: a idéia era poder regular os freios e marchas a qualquer momento. Bobagem. Não vale a pena carregar o peso do chaveiro só pra isso. As marchas e freios não ficam tão desregulados que não se possa esperar chegar em casa para fazer os reparos.
 - Paletas para troca de câmara: o motivo para deixar de carregá-las são os mesmos que me levaram a deixar de levar a bomba e a câmara sobressalente.
 - Chaves phillips e de fenda: não cheguei a precisar delas em nenhum momento também. No entanto, elas são parte do meu canivete suíço, e esse eu uso praticamente todo o dia, em diversas atividades não relacionadas à bicicleta, e este eu mantenho na minha mochila sempre.
 - Chaves de boca: seguem os mesmos motivos da bomba de ar, das paletas e da câmara de ar.

Além disso tudo, eu possuo uma bicicleta dobrável. Se me acontece alguma coisa com a bicicleta, eu a dobro, ponho num ônibus e levo para casa ou para a bicicletaria mais próxima, e faço ou peço o concerto. 

Os únicos ítens dos quais não me desfiz foram o poncho, para me proteger da chuva, e o velcro para prender a bicicleta dobrada. O primeiro realmente se mostrou muito útil, protegendo a mim e à minha mochila do excesso de água e da sujeira. O segundo é indispensável quando se transporta a bicicleta num ônibus ou carro, para evitar que ela fique batendo nas coisas. Obs: essas bicicletas dobráveis bem podiam vir com essa facilidade, não?

Também deixei de usar o capacete. A princípio acreditava que um cara maduro como eu deveria deixar de lado aquela coisa da vergoinha de ser uma das raras pessoas da cidade que andam de bicicleta usando capacete. No entanto, a longo prazo, o capacete se mostrou um verdadeiro estorvo:

 1) O capacete despenteia meu cabelo. Não é uma simples questão de estética, de não gostar de andar com o cabelo despenteado. O fato de andar arrumado ou desarrumado faz toda a diferença nas suas relações interpessoais. Experimente ir de "roupas de ficar em casa" e cabelo despenteado numa loja de eletrônicos, e depois faça isso com uma roupa legal e o cabelo bem penteado. Você irá perceber que o atendimento que recebe é bem diferente. Dei o exemplo comercial, mas vale para tudo. Vejo que minhas chances diminuem sensivelmente quando tento xavecar uma garota estando com meu cabelo despenteado.
 2) O capacete inutiliza uma das minhas mãos ao caminhar. Para evitar ficar com o cabelo muito marcado pelo uso do capacete, eu retirava ele da cabeça a cada parada, para repentear o cabelo, e passava a carregá-lo em uma das mãos. Isso inutilizava uma das minhas mãos sempre que eu precisava carregar compras, ou utilizar as duas mãos em uma tarefa simples, como antender ao celular e chupar um picolé ao mesmo tempo.
 3) No cursinho não havia um lugar cômodo para deixar o capacete, e como é grande, não cabia dentro da minha mochila. Assim, eu acabava deixando ele embaixo de uma carteira, onde as pessoas eventualmente colocavam o pé sobre ele, ou no chão. Não gostava disso e comecei a me irritar com o capacete.
 4) Depois de quase dois anos eu não caí nenhuma vez de bicicleta - na verdade, eu nunca caí de bicicleta na cidade - e nem passei por nenhuma situação na qual pensei que o capacete seria útil. Com isso pesquisei um pouco sobre estatísticas de acidentes da internet. Descobri que a maior parte dos acidentes com bicicletas no trânsito não causa maiores prejuízos aos ciclistas. Os humanos têm por reflexo, proteger a cabeça nas quedas, e os pouquíssimos danos causados aos capacetes revelavam que a falta deles não faria qualquer diferença nos machucados do ciclista. O restante dos acidentes, que causam mais danos ao ciclista, são geralmente fatais: não causam quebras de braços, pernas, traumatismos, escoriações mil; causam a morte de uma vez, mesmo usando o capacete. Ou seja, o capacete não faz diferença num acidente simples nem num mais complexo. Ou você rala o joelho, ou morre. 
 5) Estudando um pouco mais essas estatísticas, descobri um estudo que mostrava que os carros passam mais distantes de uma pessoa sem capacete do que de uma pessoa com capacete. A pesquisa mostrava que os motoristas tendem a se comover com o fato de você estar sem capacete, considerando você uma coisa desprotegida, e ultrapassar dando maior distância. Por outro lado, por ver um ciclista de capacete, o motorista o considera livre de riscos e acha que pode "tirar uma fina" sem maiores problemas. O que torna então, o capacete um item de risco, ao invés de um item de segurança.
 6) Por fim, andei assistindo a uns vídeos na internet, de países como a Alemanha e a Suíça, famosos por terem a bicicleta como um meio de transporte respeitado, valorizado e bastante difundido em suas sociedades. Pude perceber nesses vídeos, que mostram o dia-a-dia dos cidadãos desses países, que quase ninguém nos vídeos usava capacete. Poxa, se as pessoas que moram num país que tem experiência de mais de 50 anos no uso da bicicleta, na Europa, onde as pessoas são cheias de "dedos" com segurança, não usam capacete, por que eu vou usar? Isso arrematou minha decisão.

Não estou dizendo que o capacete não deva ser usado. Esse é meu pensamento. Pesquise, assista, pense, e elabora você também sua conclusão. Também não estou afirmando que todos os demais equipamentos acima são desnecessários. Eles só são desnecessários na minha atual situação. Numa cidade como São Paulo ou BH, onde não é tão fácil de se encontrar uma bicicletaria nos centros das cidades, o fato de ter equipamentos à mão pode ajudar e muito.

segunda-feira, 15 de março de 2010

As mulheres não sabem, mas elas até que são inteligentes.


Continuando a saga sobre limpeza de banheiros. Muito mais interessante que observar os próprios hábitos é observar os hábitos alheios. Toda mulher, independente de idade, religião, opção política, escolaridade, não importando sua cor de cabelo ou pele, sempre reclama quando nós homens deixamos a tampa da privada levantada. A maioria de nós faz cara feia ou uma brincadeira mas, você já perguntou a alguma mulher o porque delas ficarem bravas por causa da tampa da privada levantada? Fiz minha pesquisa de campo. Perguntei a diversas mulheres com quem convivi em Campinas, e obtive diversas respostas diferentes: 
R1 - "Ora, se tem tampa, é porque é pra ficar tampado. Você deixa sua pasta de dente aberta?" (Então quer dizer que eu tenho que abotoar todos os botões da camisa? Muito simplista pra mim)
R2 - "Como assim? É muito nojento deixar a tampa levantada!" (Tá! Por quê mesmo?)
Minha pesquisa de campo não rendeu muitos frutos. Descobri que as próprias mulheres são alheias às razões de uma coisa que elas mesmas pregam.
Retornei então à minha casa e fui ao banheiro fazer minhas próprias experiências. Não é possível que uma prática tão difundida no mundo feminino não tivesse nem mesmo uma única razão para existir. Depois de apenas duas descargas, EUREKA! Lembra das gotinhas de urina que são lançadas para todos os lados do post anterior? É o mesmo fenômeno que acontece aqui.
Ao se dar a descarga com a tampa levantada centenas de bilhares (de bilhões, não de sinuca) de minúsculas gotinhas partem de dentro da privada para seu exterior, cobrindo todo o banheiro com o conteúdo que antes estava restrito à parte interna da louça. Muito pior do que fazer xixi de pé, neste caso o número 2 também pode vir a se juntar a seu sapato, ou ao seu papel higiênico, ou ao seu belo tapetinho.
Resumo da história? Reduza de 2 limpezas semanais para apenas uma, apenas baixando a tampa da privada. Tenha banheiros limpos e cheirosos por muito mais tempo e economize!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Machismo água abaixo!!


Engraçado como morar sozinho faz você mudar um bocado a forma como enxerga certas coisas e faz outras. Durante as férias da empregada da república eu fiquei sozinho em casa com um japonês maldito que não sabia nem mesmo lavar as mãos. Por causa disso fiquei como responsável pela limpeza e organização da casa pelo período de um mês. Meu primeiro pensamento foi lavar os banheiros antes de tudo, afinal de contas, me parecia ser a tarefa mais difícil, e por ser o lugar que suja mais rápido na casa, uma tarefa com a qual eu teria que me acostumar, mesmo no pequeno período de um mês. Foi por causa disso que comecei a reparar em como eu usava o banheiro.
Como homem, desde pequeno sempre fiz xixi de pé, o que é muito natural, já que somos ensinados a fazer dessa forma. Acontece que, ao utilizar o banheiro dessa forma, nós homens colaboramos para que ele fiquei sujo mais rápido. Como? Bem, o impacto do jato de urina laçado, ao bater de encontro à superfície de água ou à lateral de louça, faz com que pequenos respingos de água e urina se espalhem por um raio de alguns metros de extensão em torno da privada. Façam o teste colegas: quando forem fazer xixi, calcem um sapato de couro e partam para o banheiro. Após o ato, reparem como seu belo sapato recém-engraxado está coberto de respingos de... mijo!! Isso mesmo. Você acaba de fazer xixi no próprio pé. Parece estúpido, mas não foi uma coisa fácil de se perceber, visto que só descobri isso aos 24 anos. O fato é que se meu pé fica coberto de xixi, o tapete também fica, o chão também fica, o rolo de papel higiênico também fica, e sabe-se lá o que mais fica também. Por mais que eu tenha tentado, não dá pra rastrear todas as gotinhas. Essas gotinhas vão se acumulando dia após dia, e logo o seu purificador de ar não faz a menor difereça ante o fedor grudento que se espalhou pelo banheiro... causado por insignificantes gotinhas.
Qual a melhor coisa a se fazer então?? Abaixar a cabeça, deixar o bobo orgulho machista de lado e começar a fazer suas todas suas necessidades sentado. Com isso a limpeza de um banheiro masculino normal, que é  costumeiramente feita 2 vezes por semana, passa a ser semanal!
Você consegue dividir o número de limpezas de banheiro por 2, economizando muito tempo e dinheiro com água e material de limpeza, sem contar, que seu banheiro fica cheiroso por mais tempo :)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

If I had a hammer


Depois de um ano andando após abandonar meu carro e começar a andar de bicicleta, reparei que assim como nos automóveis, é necessário que se carregue junto da bicicleta um certo número de equipamentos e acessórios necessários a pequenos reparos e substituição de peças em situações de emergência, como a troca de um pneu. Assim, bolei uma lista com as coisas que trago em minha mochila sempre que saio a pedalar:

- Chave de corrente: não é essencial, mas te evita um trabalhão daqueles caso sua corrente venha a arrebentar durante o trajeto. Com ela é possível emendar elos partidos em poucos minutos. Bom lembrar que, se a corrente chegar a arrebentar, é bom logo procurar uma nova pois, a probabilidade de que aquele elo partido seja o único fraco é bem baixa.
- Câmara de ar sobressalente: lógico que você pode andar com um kit de reparo de furos de pneu, mas certamente remendar um pneu no meio da rua não é mais rápido que uma simples troca de câmara de ar.
- Bomba de ar manual (pequena): no caso de uma troca de câmara, é interessante ter uma pequena bomba de ar manual para encher o pneu, pelo menos o suficiente para que se possa chegar até um posto de gasolina.
- Chaveiro allen: quase todas as bicicletas têm hoje em dia peças presas por parafusos allen. Ter um pequeno canivete desses ajuda bastante, principalmente se for necessário fazer pequenos ajustes em freios e câmbio.
- Paletas para troca de câmaras: não são essenciais, mas da mesma forma que a chave de corrente, quebram um galhão, e ocupam pouquíssimo espaço, pesando quase nada.
- Chaves de boca do tamanho certo: verifique em sua bicicleta quais são os tamanhos das porcas, e depois pegue apenas as necessárias e traga consigo. São indispensáveis para a retirada da roda, caso a sua não seja presa por aqueles parafusos manuais.
 - Chave phillips e chave de fenda: também muito úteis no caso de serem necessários ajustes nos freios e câmbio. Eu, no caso, trago comigo um canivete suíço, que tem ambas as chaves.
Chaveiro allen, paletas, chaves de boca e chaves phillips e de fenda podem ser encontradas em certos kits elaborados especialmente para bicicletas, montados num mesmo canivete multiuso.

Além disso carrego sempre comigo:
- Poncho: sugestão do João Lacerda para proteção contra chuvas. Leia mais aqui.

- Velcro para prender a bicicleta dobrável.

Ainda estou a procura de um modelo de mochila onde que consiga colocar tudo isso, uma muda de roupas, um caderno, estojo e o notebook. Alguém sabe de um modelo interessante?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Vou de táxi...


Como já havia dito em post anterior, não acredito que os automóveis sejam apenas ferramentas do demônio, feitas para criar estresse e poluição. Os carros também têm seu lugar como o meio de transporte mais eficaz, econômico ou prático, dependendo da situação. Pensando dessa forma, irei provar como o uso de Táxi pode ser o meio de transporte mais interessante numa determinada situação.
Vou usar minha mãe como primeiro exemplo. Ela é cabeleireira, dona do próprio salão, e todo dia faz a viagem de 3 + 3 km de ida e volta de casa ao salão de carro, carregando uma bela bagagem com várias capas de proteção e toalhas para limpar e secar os clientes, que ela traz para serem lavadas em casa. De posse desses dados inciais, vamos fazer os cálculos para saber o quanto ela gasta com o carro.

O combustível
Vamos fazer o cálculo de quanto ela gasta com o carro, em um ano de trabalho, fazendo esse trajeto. Suponhamos que ela trabalhe 261 dias por ano. Não estou contando as segundas-feiras e domingos, que são seus dias de folga, e contei possíveis feriados como dias úteis. Se ela percorre 6,0 km/dia, no final do ano ela terá percorrido 1.566,0 km. O carro que ela usa é um Uno Mille 1.0 modelo 1999/2000 que faz aproximadamente 10,0 km/L na cidade. Com esse consumo, ao final de um ano ela terá usado cerca de 156,6 L de gasolina, e gasto R$427,52 para comprá-la, no preço de hoje.

A manutenção
Pelas anotações feitas por meu pai, o custo da manutenção do carro usado por minha mãe fica em R$2.930,00/ano.

O seguro
O fato de o Uno ser um carro fácil de ser roubado e muito visado por ladrões faz necessária a contratação de uma seguradora, ao mesmo tempo que deixa o seguro mais caro. O valor pago na última renovação do seguro foi de R$3.400,00.

IPVA
O IPVA 2010 ficou em R$517,00.

O preço do carro e a desvalorização
Esse carro valia no ano passado R$10.636,00 de acordo com a tabela FIPE, e iniciou 2010 valendo R$9.972,00 - uma desvalorização de R$664,00.

Contando todos os valores, ela gasta aproximadamente R$7.421,57/ano para ir e voltar do trabalho de carro.

Agora vamos fazer o cálculo para percorrer esste trajeto usando um Táxi. Eu mesmo fiz a corrida, e ida e volta ficam em R$19,00, que multiplicados pelo número de dias de trabalho resulta em R$4.459,00/ano. Isso na corrida normal. Se ela conseguisse fechar um acordo de serviço diário com o taxista, pagando mensalmente, ela conseguiria um bom desconto. Diante disso dá pra ver que apenas trocando o carro pelo táxi ela já consegue uma economia de R$2.462,57. Se além disso ela também vendesse o carro, ainda lhe restariam os R$9.972,00 da venda que poderiam vir a ser investidos e assim ela transformaria um carro que se desvaloriza ano a ano, em algo que faria seu dinheiro se multiplicar. 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

oritatami jitensha*

*bicicleta dobrável
Desde o início do ano passado que abandonei o uso do carro no meu cotidiano e venho dando prioridade ao uso da bicicleta e dos meios de transporte coletivos. Tirando de lado o fato de que a prática de andar de bicicleta é mais ecológica e faz bem à saúde, o mais interessante é que andando de bicicleta dentro da cidade eu obtive uma economia de tempo e dinheiro bastante significativa. Infelizmente não dá para realizar todo o tipo de deslocamento apenas sobre duas rodas. Para seguir determinados trajetos mais longos é necessário o uso de ônibus. O transporte coletivo tem a grande vantagem de ser mais barato que o carro mas, ainda assim, consome um certo dinheiro e muito tempo é gasto na espera pelos ônibus nos pontos. Fora isso, depois de descer do ônibus, é preciso completar o trajeto a pé. Isso me incomodava um bocadinho, e vez por outra eu ficava maquinando como seria possível evitar esse gasto, principalmente o de tempo. "Como você é bobo Wolv, olha na internet os horários dos ônibus e pára de chorar!", é o que você deve estar pensando. O problema é que em Resende os ônibus não são adeptos do bom costume da pontualidade. Além desse probleminha com ônibus urbanos, outra coisa me incomodava. Eu viajei muito de ônibus esse ano para Campinas e Juiz de Fora, para fazer provas de vestibular e visitar amigos e familiares. Enfrentei nessa viagens um problema que eu não tinha previsto: eu não tinha minha companheira bicicleta para me ajudar a andar pela cidade. Fiquei então à mercê de linhas de ônibus que eu não conheço e taxistas. Isso me deixou bastante chateado e me fez pensar ainda mais em como me livrar desses contratempos.
Foi quando me deparei na internet com uma idéia muito legal. Antiga, mas que é pouco difundida no Brasil: as bicicletas dobráveis. Na hora já imaginei um mundo novo de oportunidades onde poderia colocar a minha bicicleta dobrável em qualquer cantinho de um ônibus e viajar tranquilamente, sempre com minha companheira ao meu lado. Imediatamente procurei informações sobre o uso dessas bicicletas e descobri que são bastante usadas em cidades maiores, como Rio e São Paulo, tanto que participam dos Desafios Intermodais realizados nessas cidades. Diante dessas informações não pestanejei: juntei grana por alguns meses e comprei minha pequena dobrável, uma Blitz Fast, como a da foto. Há modelos mais interessantes disponíveis no Brasil, mas todas importadas e a preços que não me eram nada interessantes.
Fiz o primeiro teste com ela no final de semana passado. Digo teste porque tive receio de que as empresas de ônibus, chucras como são aqui em Resende, não provassem a minha viagem com uma bicicleta à tiracolo. O trajeto escolhido foi minha casa em Resende x casa da Ludmilla em Itatiaia Para percorrê-lo sem bicicleta eu teria de andar 500m até o ponto mais próximo de minha casa e pegar um ônibus até a rodoviária de Resende, onde trocaria de ônibus para ir até Itatiaia, de onde continuaria a pé por 1km até a cada de Ludmilla.
Tudo correu melhor do que o esperado. O simpático motorista ainda me ajudou a subir e a descer com a bicicleta do ônibus, e o trocador elogiou a idéia, dizendo que faria o mesmo assim que tivesse o dinheiro para comprar uma bicicleta dobrável também. Fiquei muito feliz com a receptividade, mas ainda mais feliz com a economia de tempo que consegui. Fui direto de casa à rodoviária de Resende, sem precisar andar a pé até o ponto e sem precisar esperar o ônibus até a rodoviária. Depois, em Itatiaia, percorri o trajeto até a casa de Ludmilla em cerca de 5min. Só isso já me deixou feliz à beça. A economia de R$2,15 por não ter de pegar o ônibus foi praticamente um brinde perto do tanto de tempo que ganhei.
Neste final de semana viajo a Juiz de Fora para fazer prova de vestibular. Vamos ver como me viro por lá com minha nova pequena.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Você tem fome de quê?


Minha amiga Bruna perguntou em um comentário se não haveria uma forma de economizar com comida. Complicado esse assunto. Diferentemente das roupas, que são adequadas a determinadas situações básicas, momentos, lugares, e gostos, a comida envolve mais coisas, como disponibilidade e variedade (quais alimentos existem onde você mora), necessidades e impedimentos causados por exigências de saúde, e metabolismos diferentes em 6,6 bilhões de pessoas. O melhor que posso fazer aqui é descrever duas experiências que fiz, e que me ajudaram a economizar dinheiro com comida, principalmente por evitar o desperdício.

Tendo tempo, passar diariamente no mercado
Hoje existem mercados em todo o lugar, e com a inflação baixa, não há mais a necessidade de fazer aquelas "compras do mês" e estocar alimento. Isso só colabora com a expiração da validade dos alimentos. Havendo tempo disponível e um supermercado perto, eu passo sempre por lá e compro as coisas necessárias para um ou dois dias de alimentação. Arroz, feijão, macarrão, são exceções, tendo em vista que não são vendidos em embalagens tão pequenas. Mas isso pode ser feito perfeitamente com presunto, queijo, verduras, legumes, frutas, e mais um monte de artigos alimentícios. Não há tanto tempo assim para ir no mercado todos os dias? Indo a cada dois ou três dias, até uma vez por semana, dá pra fazer esse planejamento também, evitando desperdício de alimentos nas gavetas de legumes, na fruteira e na despensa.

Não tendo tempo, passar no mercado a cada duas semanas ou mais
Quando não tenho tempo para ir no mercado com tanta frequência, tento me planejar para comprar o que preciso, preparar tudo em casa e congelar em potes pequenos, como se fossem pequenas porções de ração. Perde-se um dia fazendo isso, mas ganha-se semanas de comida pronta e já dividida em porções individuais que, congeladas, irão durar muito tempo, e que só precisam de uma pequena dose de microondas para serem consumidas. Dá para fazer isso com qualquer alimento, de frutas a cereais. Dicas cobre como congelar os alimentos podem ser encontradas aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

Acredito que com essas práticas é possível agradar a quase todos os gostos e estilos de vida/alimentação. Espero ter ajudado Bru. Mais idéias pessoal?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Ensopado de ciclista à moda da casa



É chegado o verão no Estado do Rio de Janeiro e como todo ciclista tenho sofrido recentemente com o fato de precisar pedalar na chuva. Acontece né? Chove, o que se pode fazer? Depois de algumas experiências e muito pesquisar, descobri o principal ponto fraco da bicicleta: não há ainda uma boa solução para o problema de se pedalar na chuva.
Inicialmente experimentei capas de chuva, de modelos diferentes até. O resultado foi basicamente o mesmo: não funciona. O capuz reduz muito a visibilidade, comprometendo a segurança, o que me fez não usá-lo sob o capacete, molhando toda a minha cabeça, deixando livre o caminho para que a chuva pudesse escorrer até o restante do meu corpo. A capa protege bem dos respingos que vem das rodas, evitando que sua roupa fique suja, mas ela não cobre as pernas, deixando-as também livres para a ação da chuva. Além disso, mesmo que a água que escorre pela cabeça e a que cai na calça não seja muita, e você efetivamente consiga se proteger de uma chuva mais fraca, a capa impermeabilizadora impede a refrigeração do corpo, ou seja, se a chuva não te molha, você fica molhado de suor. :D que beleza!!
Pesquisei então outras maneiras de se proteger da chuva. Encontrei suportes para guarda-chuvas, capas protetoras que englobam quase toda a bicicleta, e algumas outras engenhocas. Nada prático ou funcional. Cheguei à conclusão que hei então de tomar muita chuva na minha vida. Minha bicicleta atual não conta com paralamas. Instalarei um par nela assim que possível. Nem tanto para proteger a roupa, que de certo estará molhada e será trocada ao chegar em meu destino, mas sim, para proteger-me dos respingos das rodas. Aquela aguinha que vem do asfalto é tão limpa quanto a boceta de uma prostituta sifilítica, e não é o tipo de coisa que eu quero pingando no meu rosto e pelo meu corpo. Finalmente, como não há solução para evitar a chuva, é preciso encará-la com malícia. Como? Trazendo uma muda de roupas secas e uma toalha na mochila. Me pareceu a melhor forma de lidar com isso até o momento. Alguma idéia, pessoal?

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O dia depois da limpeza



Incentivado por Ludmilla, parti ainda na semana passada para a limpeza do meu guarda-roupas. Imaginei  que seriam muitas as roupas a serem retiradas de meu armário, mas não tantas como foram. Havia muitas peças que não usava, ou que usava pouco, e que na verdade mesmo, não tinham nada a ver comigo, mesmo antes de adotar essa nova filosofia de vida. Fiz a limpeza tentando seguir o mais de perto possível a resolução do post anterior, mas mantendo a mente aberta tanto para remoção de peças como para a adição de peças não previstas anteriormente. Infelizmente a limpeza não ficou completa pois haviam peças minhas que estavam no cesto de roupas sujas, na lavanderia, ou secando, e que irei removendo aos poucos.
Iniciei pela gaveta de meias e cuecas, e finalmente tomei coragem de jogar fora aquelas que estavam furadas, ou sem elásticos. Conversando com minha mãe durante a limpeza, ela me convenceu a manter mais cuecas do que o estipulado, e eu sabiamente segui seu conselho. Logo no dia seguinte tive uma pequena mudança em minha rotina, e precisei usar 3 cuecas num mesmo dia. Essa mudança se manteve durante a semana inteira, e se eu tivesse mantido somente o número de cuecas estipulado, estaria sem nenhuma limpa agora. Ela sugeriu então a adoção de 20 cuecas e 20 pares de meias. Como ocupam pouco espaço, e são extremamente necessários (para mim), não achei tão ruim manter esse número.

As roupas que ficaram
Além das meias e cuecas a mais, fiquei com 3 calças de moleton e 2 casacos velhos, para ficar dentro de casa no inverno. Fiquei também com meu chapéu. Gosto de usar chapéus, e acho eles úteis, pois tenho horror a passar cremes no rosto, como o protetor solar, então, mantive-o, como acessório e como modo de me proteger do sol. Também tive de ficar com mais um par de calçado, mais especificamente, um tênis esportivo. Não poderia jogar minha pelada de sábado, ou ir à academia diariamente usando apenas sapatos. Também restaram com 2 pares de luvas e 2 toucas de lã. Mesmo que os use pouco, me foram bastante úteis nos últimos invernos, principalmente para andar de bike. Fiquei também com meus suspensórios. Não gosto de usar cintos, pois não prendem as calças na altura certa (por muito tempo), e ainda incomodam quando eu me sento, e por isso joguei todos fora. Suspensórios são muito melhores. Me esqueci, no post anterior, de adicionar uma camiseta de manga na contagem final. Fiquei com uma também, para o dia de malhar costas na academia.
Não tive como eliminar tudo de uma vez só. Eu tenho algumas regatas e camisas a mais do que o estipulado, mas como estão muito novas e, ainda as uso com frequência, não irei me desfazer delas. Irei usá-las até que desgastem, e não irei repor até alcançar o número estipulado.
Das coisas que mantive, os ternos foram o que mais me incomodou. Tenho 3 ternos com pouco uso. Minha mãe não me deixou jogá-los fora. Eu gosto muito deles, pois têm o corte muito bonito, mas só os mantive a pedidos de minha mãe. Nesse final de semana fui à uma festa de formatura (parabéns Nuzzi!) e o terno que usei estava ligeiramente apertado, o que me incomodou muito. Essas coisas são caras, e eu mudo muito de tamanho por causa da musculação (e pela falta dela), e não voltarei a comprar ternos assim que estes ficarem velhos. Irei alugar a partir de então. Assim poderei variar cortes e cores de ternos sem maiores problemas.

Depois de uma semana, tenho conseguido me virar bem com o número de roupas que sobrou. Mesmo sendo mais que o estipulado, é praticamente metade do que havia nos meus cabides e gavetas. Vou continuar a limpeza como um exercício, usando as roupas que sobrarem, e não comprando roupas novas até que o número chegue ao estipulado.



segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Com que roupa eu vou?



Sou uma pessoa muito ligada em roupas. Assim como sou extremamente eclético para músicas, sou também para estilos de roupas. Tenho um pouquinho de cada estilo, e me visto de acordo com um ou outro dependendo do meu humor. O problema desse tipo de prática é que o acúmulo de roupas é muito grande, uso poucas vezes a maioria das peças, que não envelhecem, e vão ocupando mais espaço no armário, a medida que compro ou ganho mais peças, que servirão ao mesmo objetivo. Além das roupas que chamarei aqui de "do cotidiano", tenho também aquelas mais especiais, como ternos, sobretudo, umas camisas que só uso em formaturas, e uma bela coleção de gravatas. Somado a isso tudo estão as roupas velhas, que eu uso principalmente para ir à academia. Acredito que eu poderia ir quase um mês na academia sem precisar lavar uma peça de roupa sequer. Isso se aplica aos meus calçados também.
Essa é uma das coisas que mais preciso mudar para alcançar o estilo de Vida Mínima que desejo. Por isso resolvi compartilhar minhas dúvidas e pensamentos.

Quantas peças de roupas são as mínimas necessárias?
Do início. Pra que usamos roupas? Bem obviamente, pra não sair pelado na calçada. Mas de verdade mesmo, as roupas nos caracterizam. Os advogados usam terno, os médicos branco, e os mecânicos, macacões engraxados. Existem roupas para sair, para ficar em casa, para ir à missa. Eu queria encontrar algo mais generalista, que pudesse ser usado em qualquer lugar sem ficar ruim. No geral, o que mais vejo são pessoas usando calças jeans e camisas em seu horário de trabalho. É formal e causal ao mesmo tempo, só depende do número de botões que você deixa aberto. Irei adotar esse estilo por enquanto.
Eu costumo usar também, além da camisa, uma regata por baixo da camisa, para evitar que manchas de suor apareçam na roupa. Trabalhando/indo à faculdade 5 dias por semana, usando uma muda de roupa por dia, chegamos a nosso primeiro número: 5 calças, 5 regatas, 5 camisas, 5 pares de meia, 5 cuecas. Dos calçados tratarei depois. O número de calças parece um pouco exagerado. Geralmente consigo usar uma mesma calça por 2 ou 3 dias, se não suar, ou não sujar muito. Então, serão 3 calças por semana. Quando morava sozinho gostava de deixar a roupa acumular um pouco, para lavar com a máquina cheia, e deixava pra lavar roupas somente no final de semana. Calma, não ficarei pelado no final de semana. Cuidarei dele mais a frente também. Bom, se lavo as roupas somente no final de semana, preciso de pelo menos um dia a dois de roupas de reserva, caso chova demais e não consiga secar minhas roupas de trabalho/faculdade a tempo da segunda-feira. Serão então mais dois dias de roupas. Se quiser sair no final de semana também precisarei de roupas. Somo mais duas mudas então, uma para sexta e outra para sábado. Subtotal: 6 calças, 9 regatas, 9 camisas, 9 pares de meia, 9 cuecas. Arredondarei as cuecas e meias para 10, pois são as roupas mais passíveis de precisarem de trocas emergenciais. Total: 6 calças jeans, 9 regatas, 9 camisas, 10 pares de meia e 10 cuecas. Me parecem números interessantes.

E os calçados?
Bem, li num lugar certa vez, que é interessante que um calçado, após usado, seja deixado pelo menos 24h em descanso para que este possa respirar, de forma a impedir a proliferação de bactérias que causam chulé e diminuem a durabilidade do calçado. Pensando dessa forma, precisaria de apenas 2 pares de sapatos. Me parece razoável. Além deles irei incluir também um par de chinelos, e um par de sandalhas com tira no calcanhar, para poder dirigir ou pedalar confortavelmente e de acordo com a lei. Total: 2 pares de calçados, 1 par de chinelos e 1 par de sandálias com tira.

E nos finais de semana?
Nos finais de semana toda a formalidade das ruas e trabalho vai embora. É hora de sentir confortável. Colocarei para uso nos finais de semana 2 bermudas. Além delas precisarei também de camisetas. Vou deixar 2 regatas e 2 camisetas pólo. Um tipo para o verão e outro para meia-estação. Total: 2 bermudas, 2 regatas e 2 pólo.

E no inverno?
Bom, se todas as minhas camisas foram de manga comprida, daquelas que podem ser dobradas e abotoadas próximo do ombro, a situação já fica resolvida para a meia-estação. Como suo menos no inverno, e o uso de casacos acaba acontecendo mais na rua, pois em casa e no trabalho o ambiente interno costuma ser menor frio, dá pra usar um mesmo casa por uma semana. Colocarei um segundo casaco para emergências. Total: 2 casacos.

E para a musculação...
Costumo malhar usando uma bermuda de lycra e regata. Não uso regata no dia em que malho costas pois a costura machuca meus braços. Além disso, uso também uma bandana, para evitar que o suor atinja meus olhos. Como não preciso estar exatamente bonito e limpíssimo para malhar, as mesmas regatas, meias e cuecas usadas durante o dia servirão muito bem a este propósito, o que me ajuda a eliminar roupas. Precisarei somente de 5 bermudas e de 5 bandanas. Como são materiais que secam rápido, não colocarei as peças reserva. Total: 5 bermudas e 5 bandanas.

Contando as peças acima listadas somente sinto falta ainda de uma coisa. Uma sunga. Acredito que uma única sunga seja suficiente. Elas secam rápido e mesmo que eu passe um mês a ir à piscina ou praia todos os dias, lavando-a rapidamente à noite, e pondo-a logo para secar, sempre terei uma sunga limpa e seca para usar pela manhã.
Finalizando, terei então:
 - 1 sunga
 - 5 bermudas de lycra
 - 5 bandanas
 - 2 casacos
 - 2 bermudas
 - 2 camisetas pólo
 - 2 pares de sapato
 - 1 par de chinelos
 - 1 par de sandalhas de tira
 - 6 calças jeans
 - 11 regatas
 - 9 camisas de manga longa
 - 10 pares de meia
 - 10 cuecas

Ainda me incomoda um pouco o fato das calças serem jeans. Por mais que sejam práticas, bonitas e combinarem com tudo, são muito quentes. Tenho que procurar opções em tecidos mais frescos. Por enquanto é só, pessoal! Ótima segunda-feira!

sábado, 9 de janeiro de 2010

Cada caso... é um caso



Minha afiada afilhada, em comentário no post anterior, criticou o uso de bicicletas como meio viável de transporte, usando sua situação de transeunte como exemplo. Ela mora em uma cidade, trabalha num pequeno (e distante) distrito turístico dessa mesma cidade, e tem de ir diariamente de casa a uma cidade próxima para realizar serviços de banco e compras, dessa cidade ao distrito onde trabalha, e deste, de volta a sua casa, percorrendo aproximadamente 46km diariamente de ônibus, com um gasto de cerca de 2h20min.
A verdade é que a bicicleta é um veículo excepcional para se percorrer pequenas distâncias, principalmente dentro de cidades, onde o volume de carros, sentidos de ruas, falta de vagas para estacionamento e ônibus lotados que param de ponto em ponto atrapalham o deslocamento de veículos motorizados. Anualmente são realizados desafios intermodais de meios de transporte nas principais cidades brasileiras, e alguns resultados podem sem encontrados aqui, aqui, aqui, aqui e aqui, e mostram as principais vantagens e desvantagens dos mais diversos meios de transportes utilizados em cidades, como skates, ônibus, patinetes, cadeiras de roda, bicicletas, metrô, trem, carro, helicópteros, dentre outros.
Ludmilla tem razão ao não considerar a bicicleta viável para percorre seu trajeto. Como o trajeto, em sua maior parte, ocorre em rodovia, o trânsito não atrapalha o deslocamento do ônibus, que desenvolve com alta velocidade em grande parte do percurso. Além disso, o cansaço de se pedalar todo esse percurso torna demasiado desgastante a realização de outras tarefas no restante do dia, como trabalhar e andar pela cidade para fazer serviços de banco e compras. Ela afirma ao final, que um automóvel seria a melhor solução para seu problema de deslocamento, pois mesmo trafegando em rodovias, o ônibus pára em muitos pontos, e dá muitas voltas antes de chegar ao destino desejado. Acredito que não. Acredito que mudar de residência, para morar próximo do trabalho, ou dos bancos seria uma solução mais acertada, mas na impossibilidade disso, o carro realmente, é uma opção razoável. Certo é, que o carro é apenas uma opção como meio de transporte. Não o considero uma ferramenta do demônio para causar trânsito, estresse e poluição. Ir à uma balada de bicicleta, por exemplo, pode não ser uma boa. Primeiro porque se corre o risco de chegar muito suado no lugar, o que não é legal. Segundo que, ao retornar da balada, o ciclista bêbado corre tanto ou mais riscos que o motorista bêbado. Neste caso, ir de táxi e dividir a corrida com amigos seria, nesta situação, a solução mais acertada. Automóveis também são legais.
Finalizando esta parte, podemos concluir que cada caso é um caso. O que é solução para mim, pode ser problema para outras pessoas. O que é mínimo necessário para mim, pode ser muito mais que isso para umas pessoas, e deveras aquém do necessário para outras. No meu caso, o uso da bicicleta é ótimo: é mais rápido e mais barato, sem contar as vantagens ambientais. Para Ludmilla o uso da bicicleta é simplesmente impossível. É importante analisar cada necessidade e situação individualmente.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Dúvida Cruel



Minha afilhada (Ludmilla, no primeiro comentário que recebi \(^o^)/ ) me questionou sobre o aumento do meu tempo livre, quando estaria me livrando de determinadas coisas/tecnologias que comprovadamente me dão mais tempo livre. De facto, um dos passo que já dei nesse sentido foi reduzir o uso do carro. Em alguns aspectos o carro realmente economiza tempo, mas em outros, ele gasta muito tempo e, junto com o tempo, muito dinheiro. Se pensarmos somente no deslocamento de um ponto a ouro, certo é que ir de carro gasta menos tempo. No entanto, ao chegar no lugar que se deseja, não há vagas na rua, e é preciso ficar rodando nos quarteirões próximos para encontrar uma vaga, ou rodar até não achar nada e parar, então, em um estacionamento. Depois disso, a diferença de tempo entre o momento de partida e o de chegada, usando bicicleta e carro fica mínimo. Vejam este trabalho realizado por alunos da UNICAMP, comparando trajetos percorridos por carro e por bicicleta. Comparando carros e bicicletas num trajeto de 2,8km, a diferença de tempo fica abaixo de 5min. Dessa forma, eliminamos o problema da perda de tempo com um meio de transporte mais lento.
O mesmo trabalho mostra ainda a diferença nas despesas consumidas por cada um dos meios de transporte, mostrando que a bicicleta se torna ainda mais vantajosa quando a comparação é levada para o lado econômico. Usando a medida de 100 dias letivos num ano, o trabalho mostra que as despesas com carro são 5,7 vezes maiores que as despesas com bicicleta. Essa diferença tinha o valor absoluto, em 2006, de R$1.090,65 - o equivalente a 2,42 salários mínimos de R$450,00 (valor praticado no estado de São Paulo no ano referido). Olhando por esse lado, a pessoa que escolhesse ir de bicicleta para a faculdade estaria economizando R$1.090,65 o que lhe permitiria, ou uma diminuição em sua carga horária de trabalho, ou ter uma quantia maior para gastar com lazer de melhor qualidade. Das duas uma, ou se consegue melhorar a qualidade de seu lazer, logo de vida, ou se consegue mais tempo livre.
Dei o exemplo do carro porque foi o primeiro que me veio à cabeça. Certamente tomarei decisões e caminhos que irão fazer com que eu perca muito tempo, ou mesmo dinheiro, mas acredito num saldo positivo no final das contas.

O início



Sempre fui uma pessoa econômica. Econômica com relação a tudo: gasto pouca pasta de dente, pesquiso preços das coisas em um milhão de lugares antes de comprá-las e um tablete de balas Garoto de Hortelã dura quase uma semana (como são 5, chupo uma por dia). Durante a toda minha curta vida (até o momento) sempre me incomodou essa história de comprar por comprar, ou usar à vontade porque está sobrando, ou "já que é de graça não preciso economizar". Não chego a ser um pão duro de carteirinha, apenas sou econômico.
De tempos em tempos gostava de observar meus hábitos e tentar otimizá-los, de forma a gastar menos tempo e insumos/dinheiro, como forma de economizar o planeta e meu bolso também, além de conseguir mais tempo livre. Mesmo tentando pensar e viver dessa forma, acabei me submetendo em diversos momentos à determinados luxos que eu nem mesmo tive como pagar, como aceitar um carro de presente do meu pai somente para poder acordar 30min. mais tarde antes de ir à faculdade, ou comprar modelos de tênis que eu viria a usar poucas vezes somente porque estavam na moda.
Pois bem, me cansei! De um tempo para cá resolvi ser mais determinado, pondo minhas decisões em prática dando pouca atenção aos que diziam que eu era louco e que lutava contra uma sociedade estabelecida com sucesso há centenas de anos, e radicalizar aos pouquinhos (se é radicalizar algo possa ser feito aos poucos) o meu modo de vida, sendo mais fiel à minha própria consciência.
Dessa forma surgiu meu projeto pessoal de Vida Mínima. Em resumo pretendo, aos poucos, me livrar de determinados bens materiais supérfluos, que são ditados a mim como necessidades básicas, quando na verdade não são, com o objetivo final de chegar a um estilo de vida mínima, usando somente o que me é necessário, e ao mesmo tempo aumentando minha qualidade de vida, e quantidade de tempo livre.