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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

If I had a hammer


Depois de um ano andando após abandonar meu carro e começar a andar de bicicleta, reparei que assim como nos automóveis, é necessário que se carregue junto da bicicleta um certo número de equipamentos e acessórios necessários a pequenos reparos e substituição de peças em situações de emergência, como a troca de um pneu. Assim, bolei uma lista com as coisas que trago em minha mochila sempre que saio a pedalar:

- Chave de corrente: não é essencial, mas te evita um trabalhão daqueles caso sua corrente venha a arrebentar durante o trajeto. Com ela é possível emendar elos partidos em poucos minutos. Bom lembrar que, se a corrente chegar a arrebentar, é bom logo procurar uma nova pois, a probabilidade de que aquele elo partido seja o único fraco é bem baixa.
- Câmara de ar sobressalente: lógico que você pode andar com um kit de reparo de furos de pneu, mas certamente remendar um pneu no meio da rua não é mais rápido que uma simples troca de câmara de ar.
- Bomba de ar manual (pequena): no caso de uma troca de câmara, é interessante ter uma pequena bomba de ar manual para encher o pneu, pelo menos o suficiente para que se possa chegar até um posto de gasolina.
- Chaveiro allen: quase todas as bicicletas têm hoje em dia peças presas por parafusos allen. Ter um pequeno canivete desses ajuda bastante, principalmente se for necessário fazer pequenos ajustes em freios e câmbio.
- Paletas para troca de câmaras: não são essenciais, mas da mesma forma que a chave de corrente, quebram um galhão, e ocupam pouquíssimo espaço, pesando quase nada.
- Chaves de boca do tamanho certo: verifique em sua bicicleta quais são os tamanhos das porcas, e depois pegue apenas as necessárias e traga consigo. São indispensáveis para a retirada da roda, caso a sua não seja presa por aqueles parafusos manuais.
 - Chave phillips e chave de fenda: também muito úteis no caso de serem necessários ajustes nos freios e câmbio. Eu, no caso, trago comigo um canivete suíço, que tem ambas as chaves.
Chaveiro allen, paletas, chaves de boca e chaves phillips e de fenda podem ser encontradas em certos kits elaborados especialmente para bicicletas, montados num mesmo canivete multiuso.

Além disso carrego sempre comigo:
- Poncho: sugestão do João Lacerda para proteção contra chuvas. Leia mais aqui.

- Velcro para prender a bicicleta dobrável.

Ainda estou a procura de um modelo de mochila onde que consiga colocar tudo isso, uma muda de roupas, um caderno, estojo e o notebook. Alguém sabe de um modelo interessante?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Vou de táxi...


Como já havia dito em post anterior, não acredito que os automóveis sejam apenas ferramentas do demônio, feitas para criar estresse e poluição. Os carros também têm seu lugar como o meio de transporte mais eficaz, econômico ou prático, dependendo da situação. Pensando dessa forma, irei provar como o uso de Táxi pode ser o meio de transporte mais interessante numa determinada situação.
Vou usar minha mãe como primeiro exemplo. Ela é cabeleireira, dona do próprio salão, e todo dia faz a viagem de 3 + 3 km de ida e volta de casa ao salão de carro, carregando uma bela bagagem com várias capas de proteção e toalhas para limpar e secar os clientes, que ela traz para serem lavadas em casa. De posse desses dados inciais, vamos fazer os cálculos para saber o quanto ela gasta com o carro.

O combustível
Vamos fazer o cálculo de quanto ela gasta com o carro, em um ano de trabalho, fazendo esse trajeto. Suponhamos que ela trabalhe 261 dias por ano. Não estou contando as segundas-feiras e domingos, que são seus dias de folga, e contei possíveis feriados como dias úteis. Se ela percorre 6,0 km/dia, no final do ano ela terá percorrido 1.566,0 km. O carro que ela usa é um Uno Mille 1.0 modelo 1999/2000 que faz aproximadamente 10,0 km/L na cidade. Com esse consumo, ao final de um ano ela terá usado cerca de 156,6 L de gasolina, e gasto R$427,52 para comprá-la, no preço de hoje.

A manutenção
Pelas anotações feitas por meu pai, o custo da manutenção do carro usado por minha mãe fica em R$2.930,00/ano.

O seguro
O fato de o Uno ser um carro fácil de ser roubado e muito visado por ladrões faz necessária a contratação de uma seguradora, ao mesmo tempo que deixa o seguro mais caro. O valor pago na última renovação do seguro foi de R$3.400,00.

IPVA
O IPVA 2010 ficou em R$517,00.

O preço do carro e a desvalorização
Esse carro valia no ano passado R$10.636,00 de acordo com a tabela FIPE, e iniciou 2010 valendo R$9.972,00 - uma desvalorização de R$664,00.

Contando todos os valores, ela gasta aproximadamente R$7.421,57/ano para ir e voltar do trabalho de carro.

Agora vamos fazer o cálculo para percorrer esste trajeto usando um Táxi. Eu mesmo fiz a corrida, e ida e volta ficam em R$19,00, que multiplicados pelo número de dias de trabalho resulta em R$4.459,00/ano. Isso na corrida normal. Se ela conseguisse fechar um acordo de serviço diário com o taxista, pagando mensalmente, ela conseguiria um bom desconto. Diante disso dá pra ver que apenas trocando o carro pelo táxi ela já consegue uma economia de R$2.462,57. Se além disso ela também vendesse o carro, ainda lhe restariam os R$9.972,00 da venda que poderiam vir a ser investidos e assim ela transformaria um carro que se desvaloriza ano a ano, em algo que faria seu dinheiro se multiplicar. 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

oritatami jitensha*

*bicicleta dobrável
Desde o início do ano passado que abandonei o uso do carro no meu cotidiano e venho dando prioridade ao uso da bicicleta e dos meios de transporte coletivos. Tirando de lado o fato de que a prática de andar de bicicleta é mais ecológica e faz bem à saúde, o mais interessante é que andando de bicicleta dentro da cidade eu obtive uma economia de tempo e dinheiro bastante significativa. Infelizmente não dá para realizar todo o tipo de deslocamento apenas sobre duas rodas. Para seguir determinados trajetos mais longos é necessário o uso de ônibus. O transporte coletivo tem a grande vantagem de ser mais barato que o carro mas, ainda assim, consome um certo dinheiro e muito tempo é gasto na espera pelos ônibus nos pontos. Fora isso, depois de descer do ônibus, é preciso completar o trajeto a pé. Isso me incomodava um bocadinho, e vez por outra eu ficava maquinando como seria possível evitar esse gasto, principalmente o de tempo. "Como você é bobo Wolv, olha na internet os horários dos ônibus e pára de chorar!", é o que você deve estar pensando. O problema é que em Resende os ônibus não são adeptos do bom costume da pontualidade. Além desse probleminha com ônibus urbanos, outra coisa me incomodava. Eu viajei muito de ônibus esse ano para Campinas e Juiz de Fora, para fazer provas de vestibular e visitar amigos e familiares. Enfrentei nessa viagens um problema que eu não tinha previsto: eu não tinha minha companheira bicicleta para me ajudar a andar pela cidade. Fiquei então à mercê de linhas de ônibus que eu não conheço e taxistas. Isso me deixou bastante chateado e me fez pensar ainda mais em como me livrar desses contratempos.
Foi quando me deparei na internet com uma idéia muito legal. Antiga, mas que é pouco difundida no Brasil: as bicicletas dobráveis. Na hora já imaginei um mundo novo de oportunidades onde poderia colocar a minha bicicleta dobrável em qualquer cantinho de um ônibus e viajar tranquilamente, sempre com minha companheira ao meu lado. Imediatamente procurei informações sobre o uso dessas bicicletas e descobri que são bastante usadas em cidades maiores, como Rio e São Paulo, tanto que participam dos Desafios Intermodais realizados nessas cidades. Diante dessas informações não pestanejei: juntei grana por alguns meses e comprei minha pequena dobrável, uma Blitz Fast, como a da foto. Há modelos mais interessantes disponíveis no Brasil, mas todas importadas e a preços que não me eram nada interessantes.
Fiz o primeiro teste com ela no final de semana passado. Digo teste porque tive receio de que as empresas de ônibus, chucras como são aqui em Resende, não provassem a minha viagem com uma bicicleta à tiracolo. O trajeto escolhido foi minha casa em Resende x casa da Ludmilla em Itatiaia Para percorrê-lo sem bicicleta eu teria de andar 500m até o ponto mais próximo de minha casa e pegar um ônibus até a rodoviária de Resende, onde trocaria de ônibus para ir até Itatiaia, de onde continuaria a pé por 1km até a cada de Ludmilla.
Tudo correu melhor do que o esperado. O simpático motorista ainda me ajudou a subir e a descer com a bicicleta do ônibus, e o trocador elogiou a idéia, dizendo que faria o mesmo assim que tivesse o dinheiro para comprar uma bicicleta dobrável também. Fiquei muito feliz com a receptividade, mas ainda mais feliz com a economia de tempo que consegui. Fui direto de casa à rodoviária de Resende, sem precisar andar a pé até o ponto e sem precisar esperar o ônibus até a rodoviária. Depois, em Itatiaia, percorri o trajeto até a casa de Ludmilla em cerca de 5min. Só isso já me deixou feliz à beça. A economia de R$2,15 por não ter de pegar o ônibus foi praticamente um brinde perto do tanto de tempo que ganhei.
Neste final de semana viajo a Juiz de Fora para fazer prova de vestibular. Vamos ver como me viro por lá com minha nova pequena.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Você tem fome de quê?


Minha amiga Bruna perguntou em um comentário se não haveria uma forma de economizar com comida. Complicado esse assunto. Diferentemente das roupas, que são adequadas a determinadas situações básicas, momentos, lugares, e gostos, a comida envolve mais coisas, como disponibilidade e variedade (quais alimentos existem onde você mora), necessidades e impedimentos causados por exigências de saúde, e metabolismos diferentes em 6,6 bilhões de pessoas. O melhor que posso fazer aqui é descrever duas experiências que fiz, e que me ajudaram a economizar dinheiro com comida, principalmente por evitar o desperdício.

Tendo tempo, passar diariamente no mercado
Hoje existem mercados em todo o lugar, e com a inflação baixa, não há mais a necessidade de fazer aquelas "compras do mês" e estocar alimento. Isso só colabora com a expiração da validade dos alimentos. Havendo tempo disponível e um supermercado perto, eu passo sempre por lá e compro as coisas necessárias para um ou dois dias de alimentação. Arroz, feijão, macarrão, são exceções, tendo em vista que não são vendidos em embalagens tão pequenas. Mas isso pode ser feito perfeitamente com presunto, queijo, verduras, legumes, frutas, e mais um monte de artigos alimentícios. Não há tanto tempo assim para ir no mercado todos os dias? Indo a cada dois ou três dias, até uma vez por semana, dá pra fazer esse planejamento também, evitando desperdício de alimentos nas gavetas de legumes, na fruteira e na despensa.

Não tendo tempo, passar no mercado a cada duas semanas ou mais
Quando não tenho tempo para ir no mercado com tanta frequência, tento me planejar para comprar o que preciso, preparar tudo em casa e congelar em potes pequenos, como se fossem pequenas porções de ração. Perde-se um dia fazendo isso, mas ganha-se semanas de comida pronta e já dividida em porções individuais que, congeladas, irão durar muito tempo, e que só precisam de uma pequena dose de microondas para serem consumidas. Dá para fazer isso com qualquer alimento, de frutas a cereais. Dicas cobre como congelar os alimentos podem ser encontradas aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

Acredito que com essas práticas é possível agradar a quase todos os gostos e estilos de vida/alimentação. Espero ter ajudado Bru. Mais idéias pessoal?